TROVÃO VAI USAR PREPARATIVOS DA SÃO SILVESTRE E CORRIDA DE REIS PARA TENTAR BOA COLOCAÇÃO NO SUL-AMERICANO DE CROSS
Reportagem: Sérgio Torres
Neste próximo domingo, 23 de fevereiro, a Confederação Brasileira de Atletismo-CBAt estará participando do Campeonato Sul-Americano de Cross Country na cidade de Assunção, capital do Paraguai e, para isso, a entidade máxima estará levando uma seleção de competidores brasileiros para representar o País em várias categorias (do infantil ao adulto) nesta tradicional prova do circuito intercontinental. Os selecionados são os atletas que conseguiram as melhores colocações na Copa Brasil Caixa de Cross Country disputada no último dia 9, domingo, em Timbó (SC), considerada pelos organizadores, a maior já realizada em território nacional. Dentre os selecionados estão três integrantes da Equipe Jataiense de Atletismo-EJA: Sueli Pereira da Silva (2º lugar na categoria Feminino Adulto), Ronald Moraes (2º lugar na categoria Masculino Juvenil) e o técnico Ronaldo Quirino de Moraes, o Trovão, este, convocado para integrar a comissão técnica. Ronaldo Trovão, inclusive, já vem, há algum tempo, alcançando resultados expressivos com seus atletas nas principais provas do Brasil e a convocação acabou sendo mais que merecida. Em uma conversa com ele, o mesmo revelou como está a preparação de seus dois selecionados em Jataí.
ALVO ESPORTES – Como foi a participação da Sueli Pereira na Copa Brasil Caixa Cross Country 2014, ocorrida na cidade de Timbó (SC)?
ALVO ESPORTES – Trovão, como você está preparando a Sueli
e o Ronald?
RONALDO TROVÃO – Estamos vindos com essa preparação desde
novembro de 2013, tanto para disputar a Corrida de São Silvestre (São Paulo),
quanto a Corrida de Reis (Cuiabá-MT) e a Meia Maratona Internacional de Caldas
Novas (GO) e, consequentemente, a Copa Brasil de Cross Country disputada no último dia 9 em Timbó (SC). Esse trabalho
também, claro, visava o sul-americano. Assim, estamos com mais de três meses de trabalho bem feito,
tanto que a atleta Sueli ainda nem descansou. Nossa expectativa é muito boa
devido à temporada do ano passado. Esperamos fechar com chave de ouro essa
participação trazendo o título sul-americano para Jataí e Goiás, o que seria
algo inédito para nós.
ALVO ESPORTES – Como de se deu essa sua convocação para
estar integrando a comissão técnica da seleção de atletismo?
RONALDO TROVÃO – Estamos, há alguns anos, sendo
observados pela Confederação Brasileira de Atletismo-CBAt. Em 2011 tivemos uma
convocação para o mundial de atletismo (Sueli Pereira e Ronaldo Trovão) e sempre
estamos desempenhando bem nosso trabalho, tanto que, dessa data para cá, estamos alcançando resultados expressivos, tanto nas corridas de pista quanto no cross. Estamos tendo atletas
convocados para a seleção brasileira e isso é observado pela comissão técnica
da CBAt. Este ano, por ter conseguido levar dois da mesma equipe para o
sul-americano, fomos, graças a Deus, lembrados, mais uma vez, e, assim aconteceu
dessa convocação. Isso pra mim é muito importante, tanto para meu currículo
quanto para minha pessoa. Isso demonstra que meu trabalho está sendo bem feito.
São poucos os técnicos convocados. Normalmente, só os do Rio e São Paulo são
lembrados. Agora temos dois da região centro-oeste, que é um de Goiás e um de
Mato Grosso. Isso, pra mim, é muito gratificante.ALVO ESPORTES – Como foi a participação da Sueli Pereira na Copa Brasil Caixa Cross Country 2014, ocorrida na cidade de Timbó (SC)?
RONALDO TROVÃO – A participação foi boa, pois treinamos
para isso acontecer. Esperávamos uma vitória porque a atleta Sueli vem desempenhando
bem. Chegamos em Timbó e corremos forte o tempo todo. Houve uma infelicidade no
final da prova onde uma atleta mineira, que corre por uma equipe de São Paulo,
não aceitando ser ultrapassada em uma trilha dentro da mata, deu uma fechada na
Sueli que ela acabou caindo. Isso deu uma prejudicada no final, porque, caso
contrário, a Sueli teria vencido. Mas isso não é desculpa. Voltamos para casa,
erguemos a cabeça, pois, sabemos que a nossa vida sempre foi com dificuldades,
apesar de que, encontramos ainda mais dificuldades em Santa Catarina, tanto com
esse problema na prova quanto com o calor. Nós aqui achávamos que Goiás estava
quente, mas, chegamos lá, encontramos 45, 46, 47 graus. Graças a Deus tivemos
um bom desempenho! Nosso intuito era estar classificando dois ou três atletas
para a seleção brasileira. Classificamos dois: a Sueli e o Ronald, que, inclusive, é mãe e filho. Agora é vamos que vamos que vem aí o sul-americano!
ALVO ESPORTES – E o Ronald? Como foi a prova dele?
RONALDO TROVÃO – A expectativa sobre o Ronald também estava voltada para vitória. Ele havia ficado frustrado devido a quinta colocação nessa prova no ano passado. Ao voltarmos para casa em 2013 conversamos bastante e a temporada dele, após o cross, foi intocável. Inclusive, ele chegou a ser o melhor atleta juvenil do Brasil no ano passado e destaque nacional. Conversamos e elaboramos um trabalho para 2014. Descansamos o atleta em dezembro e voltamos em janeiro. Ele voltou com tudo! Fomos para essa Copa Brasil Caixa de Cross Country, de fato, com expectativa de vitória, mas, infelizmente, ela não veio e sim um segundo lugar. Só que para nós o segundo é como se fosse uma vitória. O atleta está super motivado e creio eu que no sul-americano ele vá correr bem melhor do que em Timbó. Vamos aguardar até domingo, com os atletas Sueli e Ronald. Quem sabe né? Pode até sair dois títulos na mesma casa e na mesma família. Marido, esposa e filho. Técnico com dois atletas campeões sul-americanos dentro de casa. Isso seria demais para meu coração (risos).
ALVO ESPORTES – E o Ronald? Como foi a prova dele?
RONALDO TROVÃO – A expectativa sobre o Ronald também estava voltada para vitória. Ele havia ficado frustrado devido a quinta colocação nessa prova no ano passado. Ao voltarmos para casa em 2013 conversamos bastante e a temporada dele, após o cross, foi intocável. Inclusive, ele chegou a ser o melhor atleta juvenil do Brasil no ano passado e destaque nacional. Conversamos e elaboramos um trabalho para 2014. Descansamos o atleta em dezembro e voltamos em janeiro. Ele voltou com tudo! Fomos para essa Copa Brasil Caixa de Cross Country, de fato, com expectativa de vitória, mas, infelizmente, ela não veio e sim um segundo lugar. Só que para nós o segundo é como se fosse uma vitória. O atleta está super motivado e creio eu que no sul-americano ele vá correr bem melhor do que em Timbó. Vamos aguardar até domingo, com os atletas Sueli e Ronald. Quem sabe né? Pode até sair dois títulos na mesma casa e na mesma família. Marido, esposa e filho. Técnico com dois atletas campeões sul-americanos dentro de casa. Isso seria demais para meu coração (risos).
ALVO ESPORTES – Qual sua experiência, juntamente com a
Sueli Pereira, nessa mesma modalidade em termos de sul-americano?
RONALDO TROVÃO – A Sueli já é “macada velha”, pois vem de
cinco sul-americanos de cross. Foram dois vices, um terceiro e dois quartos lugares. Não é fácil. O cross, lá fora, é mais difícil do que aqui no Brasil.
Só é mais fácil de correr, principalmente no Paraguai que, nesta época, não
deve estar quente e sim mais frio. Creio que os tempos deverão cair bem. A
atleta está preparada para a vitória. Respeitando todos os demais da América do
Sul, independente de quem esteja, vamos com o intuito de vencer, tanto a
Sueli quanto o Ronald.
ALVO ESPORTES – A preparação para participar desse tipo
de competição é diferenciada. Vocês treinam em Jataí numa pista lisa de
atletismo. Lá vai ser em uma pista a corta-mato (terreno com vegetação). Como é
essa adaptação?
RONALDO TROVÃO – O cross se dá em um período em que todos os atletas estão fazendo base. A gente utiliza, nos treinamentos, esses tipos de terrenos. Não temos dentro de nossa pista esses tipos de trilhas, mas fazemos escadas e exercícios sumulando o cross country. Dentro da base, preparamos os atletas para correr o cross e, graças a Deus, sempre deu certo.
RONALDO TROVÃO – O cross se dá em um período em que todos os atletas estão fazendo base. A gente utiliza, nos treinamentos, esses tipos de terrenos. Não temos dentro de nossa pista esses tipos de trilhas, mas fazemos escadas e exercícios sumulando o cross country. Dentro da base, preparamos os atletas para correr o cross e, graças a Deus, sempre deu certo.
(fim)