ALVO ESPORTES: Como
está a chapa para comandar a Associação Esportiva Jataiense?
CARVALHINHO: Na
verdade sabemos que há cinco anos não temos esse clamor da
população que é ver o time profissional da Jataiense. Também é
meio melindroso o fato dela, hoje, não ter nada. Nem campo, sem
sede, nem nada. O que tem, se não estou enganado pelo levantamento
de nossa assessoria jurídica, é um dívida de R$ 1,94 milhão (um
milhão e noventa e quatro mil reais). Entretanto, no momento, existe
um grupo de pessoas que está avaliando sua volta. Temos o Conselho
Deliberativo, constituído em 14 de dezembro de 2016. Esse conselho
está liderado pelo Leandro Pedrosa e esse era o primeiro passo. Ele
só ainda não está registrado, mas desde sua montagem, começamos a
buscar nomes para montar a Diretoria Executiva. Conversamos e vimos a
dificuldade de se montar esta diretoria que é composta de 20 a 25
pessoas. Nosso colega vereador, o Thiago Maggioni, será o presidente
e, juntando ele, eu e o Pedrosa estamos formando a executiva, que,
aliás, já tem os nomes determinados. Cerca de 70% de quem
convidamos aceitou. Eu sempre digo que essa diretoria não tem que
ser formada por pessoas ricas ou milionárias, mas sim por pessoas de
credibilidade perante a sociedade. Será em cima disso que iremos
trabalhar. Primeiramente, vamos reorganizar o CNPJ da clube que, hoje
é o maior problema. Entramos sabendo que existe uma dívida. Temos
projeções de regularizar, primeiramente, junto a Federação Goiana
de Futebol, cujo valor gira em torno de R$ 40 mil a R$ 60 mil.
Regularizando essa parte, qualquer categoria de base ou até o time
profissional estará apto a participar do Campeonato Goiano. O
principal ponto é esse.
ALVO ESPORTES: O
que o levou a aceitar este desafio esportivo?
CARVALHINHO: No
decorrer dos nossos 42 anos, sempre fomos desportista e sempre gostei
de esporte. Desde criança eu era um torcedor apaixonado pela
Jataiense. Assistíamos aos jogos ali no estádio Jerônimo Fraga
(estádio que era do clube e que foi perdido na Justiça
Trabalhista), pois sempre tivemos esse apego. O desafio foi em cima
dessa clamor dos amantes da Jataiense em querer reviver essa glória
que o time deixou em seus 54 anos se não estiver enganado (na verdade, em
janeiro de 2017, o time completou 65 anos de história). Em relação
a federação, chegamos a fazer um estudo para abrirmos um novo CNPJ
para a Jataiense, mas vimos que isso é impossível. O presidente
André Pitta não dá essa permissão. Segundo ele, pode-se até
montar um terceiro time na cidade com um CNPJ novo, mas não um novo
com o nome de Associação Esportiva Jataiense ou Jataiense Esporte
Clube ou Jataiense Futebol Clube. Um novo nome de fantasia é sem
possibilidade. O motivo é que existe, hoje, mais de 20 equipes
filiadas na FGF que também possuem uma dívida semelhante a da
Jataiense. Algumas com menos e outras até com mais. O André Pitta
me disse que se abrir exceção para a Jataiense também terá de
abrir para as outras e, com isso, pode ser que daqui a 15 anos
existam equipes com o mesmo nome de fantasia, mas com cinco CNPJs diferentes, ou
seja, a federação perderia o controle da situação. Assim, sem
essa possibilidade, estamos tendo que aceitar que, para reviver a
Jataiense, teremos que manter o CNPJ antigo e conviver com as dívidas
deixadas no passado.